Resumo
O ato de educar está atrelado a uma concepção de educação escolar. Esta, por sua vez,está afinada, ou busca afinar-se, ou, ainda, é levada a afinar-se com o contexto histórico, político, social, econômico específico. Nestes tempos, ecoa com altivez o discurso pró liberalismo econômico e político repercutindo de forma importante no espaço escolar. Este texto busca destacar duas orientações formativas que estão sendo incorporadas no vocabulário das intencionalidades do ato de educar nas unidades escolares. Trata-se das expressões: protagonismo e empreendedorismo. O ato de educar, portanto, deve promover junto aos alunos intervenções que desenvolvam competências que lhes possibilitem ser protagonistas de suas vidas e empreendedores em meio a sociedade cada vez mais desafiadora, seletiva e competitiva. Mas, um olharfilosoficamente incomodado promove algumas problematizações que precisam ser consideradas. O ato de educar resume-se a ser um referendo ao discurso que se quer hegemônico, bem como suas práticas? Consequentemente, professores e alunos, envolvidos no ato de educar, devem tão somente se conformar a este discurso hegemônico? Estas problematizações conduzem a uma revisita na obra de Paulo Freire(1987;1992;1992n;1996f) onde o autor apresenta a ideia do Inédito Viável e, com ele delineia o Esperançar. Tal revisita pode ser um auxílio para que se redimensione o ato de educar.
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